A natureza bem perto de você
A Cidade de Jaboticatubas teve origem nas sesmarias. No século XVIII, Félix da Costa, Ermitão da Caridade, iniciou as obras de construção do mosteiro de Macaúbas e na busca ansiosa de recursos, deparou com terras de aparência fértil e agradável “na barra do Jaboticatubas, Rio das Velhas abaixo”. Surgiu-lhe a ideia de conseguir posse daquela região, a qual seria colonizada para o sustento das recolhidas. Assim, de 1.716 à 1.750, a glebas foram sendo adquiridas através de Cartas de Sesmarias e incorporadas ao Mosteiro, que conseguiu a posse legalizada da região em 1.791, pela Rainha D. Maria, de Portugal.
Para dar continuidade às obras e manter as recolhidas, o Mosteiro negociou partes das terras, surgindo, então, as primeiras fazendas de gado.
Em 1.753, o Capitão Manuel Gomes da Mota, proprietário da Fazenda do Ribeirão, mandou erigir uma Capela dedicada à Imaculada Conceição, onde aos poucos, foi se formando um povoado, núcleo da atual Cidade. Com o passar do tempo, o Ribeirão passou à condição de Curato, de Freguesia, Distrito, até que, enfim, no ano de 1.938, já com o território desmembrado de Santa Luzia, o Município de Jaboticatubas foi criado pela Lei nº 148, de 17 de dezembro, compreendendo os Distritos da Sede, Baldim e Riacho Fundo, os dois últimos emancipados em 1.948 e 1.962, respectivamente.
Leônidas Marques, poeta e filho de Jaboticatubas, descreveu as belezas de sua terra em hino dedicado à cidade e uma de suas estrofes diz assim:
“Murmurando, o espumoso riacho Vai rolando em seu leito de pedra Recebendo dos claros ribeiros Água pura em que a peste não medra, Mais além passa a serra azulada Vai querendo nas nuvens tocar Parecendo nas pétreas entranhas A morada do sol ocultar”
Origem e significado do nome
Jaboticatubas é uma palavra formada do tupi: yabuti-guaba-tyba, “o jaboticabal”. Jabuti-guaba pode também exprimir “comida de cágado, fruto de que se alimenta o jaboti”(Interpretação de Alfredo de Carvalho, em o Anuário, II Vol., à pág. 343).
A denominação “Jaboticatubas” provém do nome do ribeirão que banha a localidade, o qual, por sua vez, foi assim designado em virtude da abundância de pés de jabuticabas, planta da família das mirtáceas, gênero “Eugênia”, típica de solos úmidos de cerrado ocorrentes na área central de Minas Gerais. Por tradição adquirida, os moradores locais preferem a grafia antiga “Jaboticatubas”, que todavia não encontra respaldo nas prescrições ortográficas vigentes.
A cidade está inserida na Serra do Espinhaço e abriga 80% da área total do Parque Nacional da Serra do Cipó.
Integra também a rota da Estrada Real, produto turístico consolidado, de grande visibilidade e relevância no estado, divulgado em todo o país e no exterior.